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(GLOSSÁRIO)
A Propaganda é, latu sensu, regida pelo Princípio do Prazer.
A Propaganda destina-se primordialmente a atender as aspirações de prazer das pessoas. Nesse sentido, ela é essencialmente estruturada sobre uma “promessa de benefícios” necessariamente prazerosa. Não se trata, aqui, de uma posição voluntariamente assumida ou de uma opção deliberada. Não! É a natureza intrínseca da Propaganda que passa pelo Prazer.
Assim, a Propaganda situa-se ao nível do onírico. Concede-se ao indivíduo sonhar através da Propaganda. Ou melhor: atende-se socialmente à sua necessidade de sonhar. A Propaganda é, portanto, uma forma institucionalizada de evasão, consensualmente autorizada, socialmente legitimada e eticamente permitida.
Enquanto não se compreende esse dado nuclear, medular, da Propaganda – não se terá compreendido o seu processo: como ela funciona, por que funciona.
Por isso, Propaganda e Otimismo constituem-se em simbiose. Também por isso, o publicitário é “o profissional do otimismo”, “o profissional da prosperidade” etc.
Enquanto publicitário, você está irremediavelmente condenado ao otimismo … Compreenda isso já ou salte fora. Viva a vida! Viva a Propaganda! Viva o Prazer!
Entendeu agora?
Referência:
PACHECO, Cid. SERPA, Marcelo.
Princípio do prazer em propaganda: notas de aula.
Rio de Janeiro: NUMARK/ECO/UFRJ/Instituto CPMS de Comunicação, 1999.